sábado, 5 de março de 2011

Crítica ao álbum REBUIT de Girlicious


O que podemos esperar do segundo álbum de um girl-group que foi criado através de reality show apresentado pelas The Pussycat Dolls? Talvez a resposta seja não muito. Embora os problemas que precederam o lançamento do álbum, como a saída de Tiffanie Anderson e a mudança de estilo do álbum, sejam pontos que façam você pensar duas vezes antes de ouvir esse CD, você poderia repensar sobre isso.

No entanto, apesar de todos os problemas e da mudança de direção tomada pelo grupo – talvez forçado a fazer isso – o CD é um ótimo sucessor para o primeiro álbum do terceto. Mesmo não tendo vozes extraordinárias ou singulares, nesse CD Chrystina Sayers, Nichola Cordova e Natalie Mejia mostram seu lado mais dance e arriscam na composição de 5 das 10 faixas.

O carro-chefe do CD, “Face the Light”, mesmo sendo uma ótima faixa que demonstra a direção tomada nas demais músicas que compõem o trabalho, tem uma efervescência que dura até a metade da música, no entanto foi uma boa aposta. Posteriormente, temos a melhor faixa do disco “Maniac” que possui tudo aquilo que uma música pop precisa pra fazer sucesso hoje em dia: um ritmo pegajoso, letra chiclete e nada de fru-fru. Talvez seja irônico o fato de a melhor música, quando lançada como single, foi a que menos fez sucesso.

A próxima faixa, “Grinding”, segue o mesmo estilo de “Face the Light”, portanto é uma boa faixa, com boa produção, mas não tem o appeal suficiente para te fazer ouvi-la até o final. Temos, então, umas das melhores apostas do CD – e a que melhor foi aceita pelo público – “2 in the Morning”; uma faixa em que Natalie arrisca um “meio-rap” no middle 8, e tem samples de uma música russa, entretanto isso parece ter deixado a música apenas melhor do que já poderia ter sido sem tais semelhanças. A primeira balada do álbum, “Unlearn Me”, apesar de simples, tem vocais impecáveis e uma letra interessante, dá vontade de ouvir mais. “Wake Up” é tão dispensável quanto “Face the Light” e “Grinding”.

As músicas seguintes “Sorry Mama (Intro)” e “What My Mama Don’t Know” são tão paradoxas que não parecem ser quase a mesma música. A introdução de “What My Mama Don’t Know” faz com que você pense, num primeiro instante, que a música seguinte será uma baladinha com ótimos vocais. No entanto, você se assusta ao começo da música em si, pois ela revela que a música trata-se tão somente de uma música falando sobre o que as mães das garotas não gostariam de saber que elas fazem; com uma ótima jogada com o ouvinte, as músicas conseguem te prender até o final.

O álbum começa o seu final com a faixa que foi o primeiro single, “Over You”, que leva o mesmo estilo de “Maniac”, mas não tão bem produzida ou marcante como aquela. Pra fechar o álbum, temos “Hate Love”, uma música que realmente te faz pensar sobre como nós somos sadomasoquistas às vezes quando amamos. A letra se aproxima bastante da de “Maniac”, mas a música em si não é tão chiclete, embora tenha um ótimo ritmo e sincronia entre as garotas.

Embora não tenha atingido o mesmo sucesso de seu antecessor, e provavelmente não atingirá porque duas integrantes do grupo acabam de anunciar sua saída do grupo, “Rebuilt” é um ótimo CD pop/ dance que tem tudo para agradar aos amantes desse estilo, ou daqueles que simplesmente desejam ouvir boas músicas para dançar, relaxar ou pensar na vida.


SCORE:

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