sábado, 5 de março de 2011

Crítica ao álbum GOODBYE LULLABY de Avril Lavigne




Após tanto tempo de espera, Avril Lavigne finalmente lança seu quarto álbum de inéditas, “Goodbye Lullaby”, que é quase uma mistura de todos os seus álbuns anteriores em apenas um único e que era previsto para lançamento em 2010, mas devido a conflito com a gravadora, apenas agora caiu no ouvido de fãs e do público em geral.

A primeira faixa do álbum, se pode ser considerada uma faixa, mesmo sendo muito simples e apenas uma versão estendida de um jingle que ela fez para promover um de seus perfumes e com uma letra quase sem sentido, consegue dar uma boa aparência ao álbum. No entanto, se Avril pretendia dar uma impressão aos ouvintes com a primeira faixa, essa impressão é completamente quebrada com a versão renovada de seu single de 2007, “Girlfriend”, apenas com nome diferente “What the Hell”. Embora a faixa seja dançante e que tem feito sucesso nas rádios e nas paradas do mundo, pouco reflete o que o álbum em si pretende fazer e isso pode ser frustrante para alguns. A terceira faixa – “Push” – começa a mostrar o que o álbum praticamente será: instrumentais mais simples, poucas guitarras, muito piano e violão. “Wish You Were Here”, uma versão nova de “I’m with You” da própria Avril, tem um ritmo doce e cativante que, se fosse lançada como single, faria algum sucesso.

“Smile”, a quinta faixa do álbum, é uma mistura da época Let Go com a versão “bitch” que Avril mostrou em The Best Damn Thing, um mix um tanto desconcertante, mas que deu certo, dando uma boa faixa ao álbum. As faixas seguintes – “Stop Standing There” e “I Love You” – embora com nomes diferentes e letras divergentes têm mais em comum em seus instrumentais e ritmo do que poderia ser sugerido.

Na oitava música do álbum, “Everyvody Hurts”, é possível termos a impressão que estamos em 2004 e que a música teria se encaixado perfeitamente no Under My Skin, pela letra um tanto “dark”, embora não tenha tantas guitarras ou efeitos quanto as músicas daquela fase de Lavigne. Em “Not Enough, é plausível ter a impressão de estar em um limbo, preso no espaço-tempo, entre os dois primeiros álbuns da cantora, uma sensação nostálgica, mas que poderia ter sido evitada. “4 Real” reflete a mesma impressão.

“Darlin’” uma música que Avril escreveu quando tinha 15 anos, é o mais próximo que encontrará de algo acústico no álbum, mas isso é um ponto positivo. Enquanto “Darlin’” é baseada no violão, a faixa seguinte, “Remember When” tem quase o mesmo estilo, só que acrescido de um piano.

A penúltima faixa, “Goodbye”, a faixa que, em sua letra vemos o título do álbum, é uma boa faixa, doce, com um instrumental digno para tal balada, mas é tão doce que ao chegar na metade da música você tem vontade de passá-la. E pra fechar o álbum, “Alice”, single que faz parte da trilha do filme “Almost Alice”, numa versão estendida, consegue terminar o álbum de forma melhor que ele começou. É possível arriscar que a versão estendida é melhor que a versão original lançada há alguns meses atrás.

Se não fosse a falta de inovação e de músicas que marcassem mais o álbum, “Goodbye Lullaby” poderia ser melhor do que conseguiu ser. Entretanto, Avril ainda é uma artista jovem e pode apostar nos próximos CDs para tentar inovar e fazer o público em geral – e não apenas os fãs – mais satisfeitos. Mas nada de uma volta ao estilo “Disney” de The Best Damn Thing, o que realmente falta em Avril é amadurecimento musical e pessoal, e talvez, esse álbum, seja o primeiro passo rumo a isso.


SCORE:



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